O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), já autorizou o início dos estudos de um projeto para viabilizar uma Parceria Público-Privada (PPP) para a orla da Praia de Ponta Negra, após a conclusão da obra da engorda no mês passado. O secretário municipal de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovações (SEPAE), Arthur Dutra, detalhou que ainda não há um projeto de fato, por estar em fase de estudos, mas que será algo coordenado e alinhado com todas as pastas que têm atuação em Ponta Negra.
“A engorda de Ponta Negra trouxe uma nova oportunidade para a praia e isso precisa ser acompanhado também de um projeto compatível em robustez, relevância e grandeza da urbanização da orla”, ressaltou o titular da SEPAE.
Em entrevista ao programa Ligado nas Cidades, da Jovem Pan News Natal, Dutra detalhou que após os primeiros alinhamentos, o objetivo será incluir a população para discutir qual o melhor projeto de urbanização e modelo de gestão para a orla, que ele acredita ser a parceira junto à iniciativa privada.
“Já temos orlas no Brasil que tem muitos projetos de PPPs, Recife já trabalha com isso, Fortaleza tem alguns exemplos, Porto Alegre na orla do Rio Guaíba. Ou seja, dinamizou a região de orla através de um formato de governança com a PPP. Então é isso que pretendemos fazer. É totalmente diferente [a realidade de Ponta Negra], são estudos multidisciplinares, estudos ambientais, econômicos e sociais”, explicou.
Praia do Meio não está descartada
Questionado sobre a possibilidade de a Praia do Meio, localizada na zona Leste de Natal, ser incluída em um projeto de Parceria Público-Privada, o secretário afirmou que essa opção não está descartada e que pode-se considerar sua inclusão juntamente com a de Ponta Negra, visando garantir uniformidade urbanística. Entretanto, é necessário analisar cada caso, vistas as diferenças entre as duas praias, para avaliar se uma parceria com a iniciativa privada é realmente necessária.
“A orla da Praia do Meio já tem uma obra avançada de urbanização. Ponta Negra não, teria que se pensar em outro projeto, uma coisa mais conceitual de fato, diferente e compatível com a configuração topográfica de Ponta Negra, que é diferente da Praia do Meio. Mas é algo que pode-se pensar, sem dúvida nenhuma, porque realmente é dentro daquele princípio: o mais fácil é você conseguir o recurso e fazer a obra, mas a parte da manutenção é que historicamente tem se mostrado um gargalo para se entregar um serviço de qualidade”, detalhou.
Assista a entrevista completa no Ligado nas Cidades da Jovem Pan News Natal
