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Moody’s melhora classificação de crédito da Argentina

A agência de classificação de risco Moody’s Investidor Service, uma das três principais do mundo, melhorou a classificação de crédito da Argentina, baseado na “mudança vigorosa” que o governo de Javier Milei alcançou com suas políticas fiscais e monetárias.

Segundo a agência, que elevou o rating do país – nota que avalia risco de crédito de um país ou empresa e serve como medida de confiança para investidores – como emissor de longo prazo, tanto em moeda estrangeira como em moeda local, de “Ca” para “Caa3”, as políticas da administração do libertário estão corrigindo “desequilíbrios econômicos” e ajudando a estabilizar as finanças externas da Argentina. Com isso, houve uma melhora na perspectiva para o país de “estável” para “positiva”, considerada a primeira melhoria em cinco anos.

Dados oficiais divulgados na última segunda-feira (20) mostram que a Argentina alcançou um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões em 2024.

A Moody’s cita outros pontos positivos que contribuíram com a mudança na classificação. Entre elas está a adoção de cortes drásticos em gastos públicos e a interrupção do financiamento monetário, como a emissão de moeda para cobrir déficits.

No mês passado, a Argentina registrou um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,9% de julho a setembro, em comparação ao três meses anteriores. Um relatório do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) apontou ainda que o país saiu do período de recessão no terceiro trimestre do ano.

Apesar da notícia otimista, a Moody’s considerou que “ainda existem riscos significativos para a capacidade do país de cobrir os próximos pagamentos da dívida externa, como os relacionados com a eliminação dos controles cambiais e de capital ou choques negativos que possam desencadear um evento de crédito com perdas significativas para detentores de títulos”.

Para a agência, “a perspectiva positiva reflete o potencial ascendente dos ratings à medida que a Argentina continua a avançar para a próxima fase do seu ajustamento macroeconômico. Uma transição ordenada para uma conta de capital mais aberta seria consistente com classificações mais elevadas”.

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