Categoria:

Márcio Rego propõe gestão profissional para a Unimed

Com as eleições da Unimed marcadas para o dia 31 de março, os candidatos começam a apresentar suas propostas para a cooperativa. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o médico ortopedista Márcio Rego, um dos concorrentes ao pleito, defende uma gestão profissionalizada, transparente e voltada para a valorização dos cooperados.

Os principais pontos apresentados pelo candidato são: transparência, pertencimento, isonomia, austeridade, tecnologia e inovação. Entre as propostas apresentadas estão a contratação de executivos para otimizar a administração financeira, o uso de tecnologia para agilizar processos e a ampliação da participação dos médicos nas decisões da cooperativa. Rego também defende uma ocupação estratégica do novo hospital da Unimed, alinhada à verticalização dos serviços, garantindo maior controle de custos e qualidade no atendimento.

“Nossa proposta é implantar uma gestão altamente profissional, especialmente com a chegada do novo complexo hospitalar. Queremos trazer um CEO (Diretor Executivo) e um CFO (Diretor Financeiro) para a Unimed, garantindo mais eficiência e um melhor resultado financeiro. Atualmente, lidamos com um faturamento muito alto, e é essencial uma gestão estruturada para reduzir despesas administrativas e otimizar os recursos”, afirmou o candidato.

Para recuperar clientes e expandir os serviços da Unimed, Márcio Rego defende uma estratégia baseada em crescimento responsável e análise de mercado. Segundo ele, a chave para essa retomada está no investimento em tecnologia e inovação, utilizando ferramentas como novos pontos de venda e estratégias direcionadas para alcançar e reconquistar usuários, fortalecendo assim a Unimed no setor de saúde suplementar.

“O crescimento do número de vidas na Unimed precisa ser feito de forma responsável, analisando bem os sinistros e estudando quais empresas podemos trazer de volta como clientes. Se perdemos market share, significa que outro player do setor conquistou essas vidas, e precisamos entender esse movimento. Para isso, é essencial um plano estratégico no setor de mercado, com investimentos bem direcionados para recuperar esses usuários e fortalecer a cooperativa”, explicou o ortopedista.

Para alcançar esse objetivo, o candidato aposta no uso da tecnologia e da inovação como ferramentas essenciais para atrair novos clientes e recuperar antigos usuários. “Temos várias ferramentas à disposição, incluindo a tecnologia e a inovação. Podemos criar novos pontos de venda e desenvolver estratégias eficazes para nos aproximarmos do usuário e trazê-lo de volta para a Unimed.”, descreveu o médico.

Márcio Rego aponta que um dos maiores desafios enfrentados pelos médicos cooperados da Unimed é a remuneração. Segundo ele, para garantir um retorno financeiro mais justo, a gestão da cooperativa precisa ser eficiente, estruturada e baseada em governança transparente.
“A grande dor do cooperado hoje é a remuneração. Para que possamos melhorar isso, precisamos de uma gestão bem montada, com pilares sólidos que resultem em benefícios diretos para o bolso dos médicos. Isso passa por uma governança bem instituída, com transparência e participação ativa dos cooperados nas decisões da cooperativa.”, explicou Márcio.

Ele defende um modelo de gestão mais participativo, com aumento no número de assembleias e maior abertura para que os médicos tenham voz ativa no futuro da Unimed. “O cooperado precisa sentir que faz parte das decisões. Pretendemos aumentar o número de assembleias para que todos possam contribuir e acompanhar de perto os rumos da cooperativa.”, explicou o ortopedista.
Além de focar na transparência, na redução de despesas administrativas e na recuperação de clientes, Márcio Rego destaca que sua gestão pretende investir fortemente em inovação e tecnologia para aprimorar os serviços da Unimed.

“Queremos investir muito em inovação, principalmente em startups voltadas para otimizar processos burocráticos, como a autorização de procedimentos. Para você ter uma ideia, na Unimed Belo Horizonte já existe uma startup que permite que, se todos os critérios estiverem dentro dos parâmetros, o usuário saia do consultório com a cirurgia autorizada imediatamente. Esse é o tipo de avanço tecnológico que queremos trazer para a nossa Unimed.”, afirmou Rego.

Outro ponto central da proposta do candidato é a valorização dos médicos cooperados, garantindo que se sintam realmente parte da cooperativa e tenham um atendimento diferenciado. Rego cita o exemplo da “Casa do Cooperado”, setor já implementado na Unimed BH, onde técnicos da cooperativa visitam os médicos regularmente para oferecer suporte e atendimento especializado.

“Nossa ideia é que a ‘Casa do Cooperado’ vá até o cooperado, prestando um atendimento exclusivo, quase como um serviço prime. Em Belo Horizonte, todos os 5 mil médicos cooperados são visitados ao longo do ano. Queremos implementar algo semelhante aqui, para que o cooperado realmente se sinta dono da cooperativa.”, finalizou o médico.

Quem é Márcio Rego?
Ortopedista de formação, Márcio Rego construiu uma trajetória marcada pelo envolvimento ativo na gestão da saúde e na defesa da classe médica. Com um MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele teve uma participação na Coopmed RN, cooperativa que presta serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Cheguei a Natal em 2012 e, em 2016, encarei o desafio de ser conselheiro fiscal da Unimed pela primeira vez. No ano seguinte, me candidatei ao Conselho de Administração, já com um conhecimento aprofundado dos números da cooperativa. Passei quatro anos nessa função, mas não vi um modelo de gestão que me agradasse ou que fosse o ideal para a Unimed. Por isso, me afastei da diretoria e voltei ao Conselho Fiscal, onde atuo há três anos como coordenador.”, afirmou Márcio.

Durante sua atuação no Conselho Fiscal, Rego conduziu auditorias técnicas, incluindo uma análise detalhada das obras do novo complexo hospitalar da Unimed. Segundo o médico, o levantamento apontou fragilidades no planejamento, o que reforçou sua visão sobre a necessidade de mudanças estruturais na gestão da cooperativa.

“Diante das fragilidades que identificamos, decidimos montar um time criteriosamente escolhido. Dos nove integrantes da chapa, cada um tem uma função bem definida e está onde realmente deveria estar ”, descreveu Rego.

Link da fonte

Posts Recentes
Formulário

Quer receber noticias ?

Preencha com seu E-mail, WhatsApp e vamos te enviar novidades

Compartilhe nas redes sociais

Artigo relacionados