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Após cinco anos, covid-19 segue causando mortes no Estado

Às vésperas de completar cinco anos do primeiro caso de covid-19 no Rio Grande do Norte, o Estado registra 604,2 mil casos da doença e 9,3 mil mortes provocadas pelo coronavírus desde então. Os dados são do Ministério da Saúde (MS). O primeiro caso da doença no RN foi registrado em 12 de março de 2020, um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia. A primeira pessoa infectada no Estado foi uma mulher de 24 anos, com histórico de viagem à Europa. A primeira morte decorrente da doença foi registrada duas semanas depois em Mossoró, na região Oeste. A vítima foi o professor universitário Luiz di Souza, aos 61 anos de idade.

A doença se espalhou rapidamente pelo Estado – em 100 dias já eram 16 mil infectados e quase 700 mortes. No total, no primeiro ano da pandemia foram registrados 118 mil casos da doença e 2,9 mil mortes no RN. O cenário em 2021, no entanto, foi o mais crítico, com 269,1 mil casos e 4,5 mil óbitos. Em 2022, contudo, a tendência de queda dos casos e mortes, que começou a ser percebida em meados de 2021, após o início da vacinação, ganhou ainda mais força: foram 195,4 mil confirmações da infecção e 1,1 mil óbitos. Em 2023, o Estado contabilizou 13,5 mil casos e 546 mortes.

Os números seguiram em queda. Em 2024, foram 5,8 mil registros de covid-19 e 88 mortes. Neste ano, até 1º de março, o Ministério da Saúde registrou 2,2 mil casos e 20 óbitos no RN. O médico epidemiologista Ion de Andrade explicou que o crescimento rápido da doença teve a ver com múltiplos fatores. “Primeiro, ninguém tinha defesa para o vírus, diferentemente, por exemplo, das epidemias de gripe, em que a população tem sempre algum anticorpo que pode frear a difusão da doença. Além disso, eu diria que houve um esforço para vencer uma espécie de incredulidade que foi alimentada por muita gente, um negacionismo”, analisa.

A chegada das vacinas, em 2021, no entanto, foi crucial para mudar o cenário crítico. A técnica de enfermagem Maria das Graças Pereira de Oliveira, à época com 57 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada no Rio Grande do Norte, em uma cerimônia simbólica na Escola de Governo, em Natal. Atualmente, o RN possui 20,8% dos potiguares imunizados com quatro doses da vacina contra a covid-19; 59,4% receberam três doses; e 86,9% foram vacinados com duas doses. O epidemiologista Ion de Andrade lembra que a vacina tem um papel imprescindível no controle da doença.

“A covid-19 tem um antes e um depois da vacinação. A imunização tornou a covid menos frequente e menos letal, de maneira que a sociedade voltou a ter capacidade de manejo”, aponta o médico. Ion de Andrade ressalta que o Estado apresentou muitas contribuições para o controle da crise.

A capital potiguar também se destacou, com a abertura de um hospital de campanha na Via Costeira. Os atendimentos começaram em 15 de abril de 2020, em uma estrutura com 100 leitos clínicos e 40 leitos de UTI. No total, cerca de 3,5 mil pessoas receberam assistência na unidade. O hospital da Via Costeira foi desativado em março de 2022.

O controle dos casos, especialmente, das situações graves, trouxe os potiguares de volta à normalidade, embora a doença não tenha desaparecido. Ion de Andrade afirma ser fundamental que a população continue atenta. “É preciso vacinar, inclusive as crianças, dentro dos protocolos recomendados. E não se pode esquecer dos idosos, que são o grupo mais vulnerável. Eu diria que hoje há uma invisibilidade da doença, porque ela continua acontecendo e matando e isso contribui para os riscos ”, alerta

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