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InnovaGlobe 5.0: professora da UFRN tem projeto entre os oito melhores do Brasil

O InnovaGlobe 5.0, projeto da professora Mariana Rodrigues de Almeida do Departamento de Engenharia de Produção da UFRN, foi selecionado entre os oito melhores do Brasil em uma chamada pública da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A iniciativa busca tornar o ensino das ciências mais atrativo e conectado ao cotidiano dos alunos da rede pública.

A proposta foi aprovada no Edital nº 3/2025, publicado no Diário Oficial da União, e se destaca por propor inovações na forma de ensinar e aprender. O projeto une ciência, tecnologia, sustentabilidade e protagonismo estudantil, com base em protocolos científicos internacionais e ferramentas digitais de ponta, como inteligência artificial (IA), realidade aumentada (RA) e realidade virtual (VR).

O InnovaGlobe 5.0 está alinhado ao Programa Globe, coordenado pela NASA, que reúne escolas, universidades e agências científicas de mais de 120 países em torno de uma missão: compreender o planeta Terra como um sistema vivo e interconectado. A partir dos protocolos científicos da NASA, professores e alunos observam, coletam e analisam dados sobre as cinco esferas que compõem o sistema terrestre: a atmosfera, a pedosfera, a hidrosfera, a biosfera e a Terra.

A professora Mariana Almeida explica que a iniciativa nasce da necessidade de aproximar o universo científico da realidade escolar brasileira, valorizando a prática, a curiosidade e o aprendizado significativo. “Queremos disseminar as ferramentas apresentadas pelo EduCAPES, como o ItiRio, e integrá-las aos protocolos do Programa Globe, coordenado pela NASA. Isso permitirá que as escolas brasileiras tenham acesso a tecnologias de ponta, como a Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada, para auxiliar no entendimento dos conteúdos científicos de maneira mais dinâmica e interativa.

A proposta é disseminar o Programa Globe no Brasil em parceria com a Agência Espacial Brasileira e com o Projeto Meninas no Espaço, que incentiva a participação feminina na ciência e na tecnologia e, sobretudo, o desenvolvimento de um olhar mais crítico e sustentável sobre o planeta.

A proposta é que meninas e meninos de todo o Brasil, junto com seus professores, se sintam parte de uma grande rede de aprendizados unindo tecnologia e ciência para gerar uma nova forma de engajamento nas escolas. Com o uso da Realidade Aumentada e da Inteligência Artificial, os alunos poderão visualizar dados, realizar simulações, interagir com o ambiente e compreender melhor os conteúdos, de forma prática e prazerosa.

O projeto é dividido em módulos, cada um voltado para uma etapa do processo de ensino-aprendizagem, para que as novas tecnologias aplicadas à educação e ao setor espacial estejam ao alcance de todas as escolas brasileiras, especialmente daquelas que mais precisam. “O InnovaGlobe é mais do que uma pesquisa, é um movimento pela transformação da educação pública no país. Acredito profundamente que ele tem potencial para atingir professores e estudantes de todo o Brasil e inspirar uma nova geração de cientistas, engenheiras e educadores.” Esta fala da professora Mariana sintetiza a essência do InnovaGlobe 5.0: promover uma educação viva, conectada com o presente e voltada para o futuro, onde a tecnologia é usada como ponte para o aprendizado.

O projeto nasceu da convicção de que a Educação 5.0, conceito que une empatia, colaboração e tecnologia, é o caminho para enfrentar os desafios contemporâneos do ensino. A primeira fase do projeto consiste no mapeamento de ferramentas de inteligência artificial e realidade aumentada aplicáveis à educação, além da produção de tutoriais e materiais de apoio. Na segunda etapa, a equipe coordenada pela UFRN realizará oficinas, minicursos e workshops com professores e alunos da rede pública, introduzindo o uso pedagógico de tecnologias digitais e metodologias ativas. Por fim, o projeto entrará em uma fase de consolidação, com a implementação de atividades práticas baseadas nos protocolos científicos do Programa Globe, adaptadas ao currículo escolar brasileiro.

Outra frente importante do projeto é o fortalecimento da participação feminina na ciência, por meio do Projeto Meninas no Espaço, desenvolvido em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Essa iniciativa incentiva meninas e jovens mulheres a se envolverem em atividades científicas e tecnológicas, quebrando estereótipos e ampliando a diversidade na ciência.

A professora Mariana destaca ainda que o projeto não apenas leva tecnologia para dentro da sala de aula, mas também forma professores e estudantes para lidar com o conhecimento de maneira colaborativa e sustentável. Segundo ela, “não se trata apenas de inserir computadores ou ferramentas digitais nas escolas, mas de mudar a mentalidade sobre o que é aprender. O aluno passa a ser o protagonista da sua aprendizagem, e o professor se transforma em mediador de experiências significativas”.

O InnovaGlobe 5.0 também se diferencia pelo compromisso com a ciência aberta. Todos os conteúdos e materiais desenvolvidos são disponibilizados gratuitamente no EduCAPES, o repositório educacional da CAPES. Isso garante que qualquer professor do Brasil possa ter acesso às metodologias, recursos e guias produzidos pela equipe da UFRN. A iniciativa amplia o impacto do projeto, permitindo que ele alcance milhares de educadores em diferentes regiões do país.

O projeto mostra que, quando universidade, escola e comunidade se unem, a educação se torna um campo fértil para a inovação, devolvendo à sociedade o conhecimento que a universidade produz. É ciência a serviço da educação, da inclusão e do futuro.

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