A infecção polimicrobiana é uma doença causada por microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou protozoários, que podem invadir o organismo e provocar uma resposta imunológica. Dependendo do tipo de agente e da região afetada, a infecção pode se manifestar de forma leve, moderada ou grave, podendo evoluir para complicações sérias, como a sepse. Um exemplo recente desse tipo de infecção é o caso do Papa Francisco, que foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias.
Essa infecção ocorre quando os microrganismos conseguem atravessar as barreiras naturais do corpo, como a pele e as mucosas, e se multiplicam nos tecidos. Isso pode acontecer por meio de contato direto com uma superfície contaminada, ingestão de alimentos ou água contaminada, inalação de partículas infecciosas ou através de procedimentos invasivos, como cateteres e sondas.
O médico infectologista Igor Thiago Queiroz explica que, quando a infecção é polimicrobiana, significa que mais de um agente está envolvido no processo infeccioso, o que pode torná-la mais difícil de tratar. “Essas infecções podem acometer diferentes partes do corpo, como pulmões, trato urinário e pele. O diagnóstico é feito por meio de exames como cultura de escarro, urina ou fragmentos de pele”, esclarece.
Os sintomas variam de acordo com a região afetada e o tipo de microrganismo envolvido. No caso de infecções respiratórias, os principais sintomas incluem febre, tosse, dificuldade para respirar e fraqueza. Já infecções urinárias podem causar dor ao urinar, febre e alteração na cor e odor da urina.
De acordo com Igor Thiago Queiroz, pacientes internados em hospitais são mais vulneráveis, especialmente aqueles que fazem uso de dispositivos invasivos, como cateteres venosos e sondas urinárias. O tratamento depende do tipo de microrganismo envolvido. As infecções bacterianas são tratadas com antibóticos, enquanto infecções virais podem necessitar de antivirais específicos. Já as infecções fúngicas são combatidas com antifúngicos. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade da doença, podendo durar de poucos dias a várias semanas.
O médico Igor Thiago explica que para prevenir infecções hospitalares e comunitárias, é fundamental adotar medidas como higienização frequente das mãos; uso adequado de equipamentos de proteção individual; evitação do uso prolongado de dispositivos invasivos e cuidados rigorosos com a assepsia de ferimentos são essenciais. Segundo ele, o controle de infecção hospitalar também desempenha um papel fundamental na prevenção e monitoramento desses casos.