Por Neto Valentim

O Rio Grande do Norte enfrenta, neste final de 2024, uma das piores crises na saúde pública de sua história. Hospitais em condições precárias, corredores superlotados e atrasos nos pagamentos dos servidores compõem um cenário alarmante que exige atenção imediata.

Hospitais em Colapso

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, é um exemplo emblemático dessa crise. Relatos recentes indicam que a unidade opera com quase o dobro de sua capacidade, com 132 pacientes no pronto-socorro, quando deveria atender significativamente menos. Imagens chocantes mostram 22 pacientes aglomerados em uma sala destinada apenas a exames e observação, enquanto o setor de politrauma é descrito como “intransitável” .

Em Mossoró, o Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia também enfrenta sérias dificuldades, refletindo a abrangência da crise no estado .

Atrasos nos Pagamentos

Além da precariedade estrutural, os profissionais de saúde sofrem com atrasos salariais, agravando a insatisfação e comprometendo ainda mais a qualidade do atendimento à população.

Viagens da Governadora

Enquanto a crise se aprofunda, a governadora Fátima Bezerra realizou diversas viagens internacionais ao longo de 2024. Em julho, esteve em Paris para participar do lançamento da Casa Brasil durante os Jogos Olímpicos . Em maio, integrou uma comitiva do Consórcio Nordeste em missão oficial pela Europa, com agendas na Holanda, Bélgica e Alemanha .

Conclusão

A população do Rio Grande do Norte enfrenta um cenário desolador na saúde pública, com hospitais sobrecarregados, profissionais desmotivados e uma gestão que, segundo críticos, prioriza agendas internacionais em detrimento das urgências locais. É imperativo que medidas concretas sejam adotadas para reverter esse quadro e garantir o direito fundamental à saúde dos potiguares.