As eleições para a presidência da Unimed Natal, marcadas para 31 de março de 2025, deveriam ser um momento de fortalecimento da democracia dentro da cooperativa, um espaço para o debate de ideias e a apresentação de propostas que garantam a sustentabilidade e o crescimento da instituição. No entanto, o que se vê nos bastidores e até mesmo nos grupos de médicos é uma disputa acirrada que, em alguns momentos, ultrapassa os limites do respeito e do bom senso.
De um lado, temos o cardiologista Ricardo Queiroz, candidato da situação apoiado pelo atual presidente Fernando Pinto. Queiroz destaca os avanços significativos da Unimed durante a gestão atual e apresenta propostas para manter a cooperativa em constante avanço.
Do outro lado, a oposição é liderada pelo ortopedista Márcio Rêgo, que atualmente coordena o Conselho Fiscal da cooperativa. Rêgo critica o aumento das despesas administrativas e promete uma gestão mais enxuta, visando a redução de custos e a ampliação do mercado de trabalho para os cooperados.
A Unimed Natal é uma das maiores cooperativas médicas do estado e tem um papel essencial no atendimento à saúde da população. Sua eleição não deveria ser pautada por ataques pessoais, rachas entre grupos e estratégias que mais prejudicam do que constroem. A medicina e a cooperativa precisam de líderes que pensem no coletivo, que busquem unir os médicos e garantir a estabilidade e a qualidade dos serviços prestados.
É natural que haja embates e divergências de opiniões, afinal, trata-se de um processo democrático. Mas é essencial que os candidatos e seus apoiadores tenham consciência de que a Unimed Natal é maior que qualquer disputa eleitoral. A briga pelo poder não pode manchar a imagem da instituição nem criar fissuras que prejudiquem a sua governabilidade no futuro.
A categoria médica e os cooperados precisam avaliar não apenas as propostas dos candidatos, mas também a postura de cada um nesse processo. Afinal, quem busca comandar uma instituição de tamanha relevância deve demonstrar capacidade de diálogo, liderança responsável e compromisso com a harmonia interna.
No fim das contas, a grande pergunta que fica é: a eleição da Unimed Natal será lembrada como um exercício legítimo de democracia ou como um palco de divisões desnecessárias? Ainda há tempo para que os envolvidos priorizem o respeito e o futuro da cooperativa. A escolha está nas mãos dos médicos cooperados.
Dr. Tiago Almeida
Ortopedista e Traumatologista
Médico Cooperado Unimed








