A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), liderada por três ditaduras (Venezuela, Cuba e Nicarágua), anunciou nesta sexta-feira (24) a suspensão do novo governo da Bolívia, alegando conduta “pró-imperialista e colonialista”.
O senador Rodrigo Paz, do centro-direitista Partido Democrata Cristão (PDC), venceu no domingo (19) o segundo turno da eleição presidencial e tomará posse em novembro, o que dará fim a quase 20 anos ininterruptos de governo do Movimento ao Socialismo (MAS), aliado das ditaduras da Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Em nota divulgada pela emissora estatal VTV, a Alba considerou “inaceitáveis” as declarações do que chamou de governo de “extrema direita” contra os três regimes.
“Esta suspensão não afeta os laços permanentes, afetuosos e solidários que mantemos com o povo boliviano, com quem continuaremos trabalhando e apoiando seu desenvolvimento e bem-estar”, afirmou a aliança.
Após sua vitória na eleição, Paz disse, em entrevista à CNN, que não convidará os ditadores Nicolás Maduro, Miguel Díaz-Canel e Daniel Ortega para sua posse por “não serem democráticos”.
“Somos um país democrático. Embora as relações diplomáticas devam ser respeitadas, porque há condições prévias, nossa condição para relações é baseada na democracia”, afirmou o presidente eleito.
A Alba é formada por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis, Granada e Santa Lúcia.
Em 2019, depois que Jeanine Áñez assumiu interinamente a presidência da Bolívia, o governo de La Paz se retirou da aliança, que, por sua vez, não reconheceu a nova gestão boliviana. Porém, a Bolívia retornou à Alba em 2020, quando Luis Arce, do MAS, venceu a eleição presidencial daquele ano.








