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Sombra e Ossos mal seguido à Neflix com sua segunda temporada e já lidera o ranking das produções mais assistidas da plataforma. Baseada na trilogia homônima e na duologia Seis dos Corvos, de Leigh Bardugo, a trama de fantasia mistura culturas e conflitos de inspiração histórica, além da mitologia própria. Confira um guia do que é preciso saber sobre o universo fantástico de Sombra e Ossos para não se perder durante a maratona:
os grishas
No mundo criado por Leigh Bargudo, os grishas são pessoas que têm habilidades especiais pautadas na manipulação de matéria e energia — a chamada Pequena Ciência. Eles são divididos em classes, de acordo com a natureza de seus poderes, e podem ser identificados pela cor de suas vestes. Os Corporalki, representantes da Ordem dos Vivos e dos Mortos, estão no topo da hierarquia grisha. Usam a cor vermelha e são capazes de manipular o corpo humano — Sangradores controlam sobretudo o pulso e o coração, enquanto os Curandeiros restauram órgãos e outras partes do corpo. Em seguida estão os Etherealki, ou a Ordem dos Invocadores, que manejam os elementos da natureza e vestem azul. São eles os Infernais, os Eros e os Hidros, que brincam com fogo, ar e água, respectivamente. Alguns grishas com poderes raros também se entrelaçam, tecnicamente, nessa categoria, como os Conjuradores da Sombra (como o General Kirigan, personagem de Ben Barnes) e do Sol. Por último, estão os Materialki, da Ordem dos Fabricantes, que usam a cor roxa. Os Durastes conseguem manipular uma matéria sólida a nível molecular, enquanto os Alquimistas mexem com produtos químicos, entre pós e gases.
A Dobra das Sombras
Aspecto central da trama na primeira temporada, trata-se de uma faixa orgânica de terra povoada por monstros que foram impostos por um antigo grisha ultra-poderoso e dividiu o território de Ravka ao meio. Chegar ao outro lado é um desafio que levou inúmeras vidas ao longo do tempo, mas uma lenda promete que apenas o criou de um Conjurador do Sol (que se revela ser a protagonista, Alina Starkov) irá libertar o país. Outro efeito da Dobra foi o isolamento da porção leste, que, embora habitada pelo rei e seu corte, ficou básico do litoral e estagnou. Do outro lado, um oeste de economia mais desenvolvido planeja uma revolução.
O mapa e os povos
Para as histórias do apelidado “grishaverso”, a autora criou um mapa próprio (imagem abaixo) dividido em nações fictícias inspiradas no mundo real — as influências abarcam desde elementos culturais, como língua e arquitetura, até a aparência da população majoritária de cada local. Ravka reflete a Rússia czarista dos anos 1800, e é governada por uma monarquia que comanda o Primeiro Exército. Já o Segundo Exército, composto de grishas, é liderado pelo General Kirigan, o atual Conjurador das Sombras. É um país em crise, marcado por guerras permanentes com os vizinhos do norte e do sul, e um alto contingente de refugiados, órfãos ou miseráveis.
Ao norte está Fjerda, inspirada na Escandinávia. É uma região montanhosa e congelante, cuja sociedade altamente tradicional e estrita vê os grishas como bruxos, e por isso os caçam e os executam. Ao sul, está Shu Han, baseado na Mongólia. Do outro lado das montanhas que o separa de Ravka, o país se caracteriza pelo avanço tecno-científico e tem experimentado por realizar experimentos nos grisha.
A ilha de Kerch também tem forte presença na trama. É de lá que vêm os Corvos, personagens secundários da série. Sua capital, Ketterdam, é tida como uma cidade portuária com inspiração em Amsterdam, dentre outras localidades. Trata-se de um ambiente multicultural e endinheirado, cuja vida noturna misturada serve de palco para o submundo do crime. Outras regiões do universo de Sombra e Ossos, embora tenha um pouco de emoção na série, também valem a menção: Novyi Zem, inspirada na Austrália e nas colônias dos Estados Unidos, vive longe da confusão que marca o lado oposto do mapa e serve de lar para muitos fugitivos da guerra; Ilha Errante, um pouco acima, se baseia na Irlanda.
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G1.globo