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Pessoas infectadas pela variante ômicron (BA.1) do SARS-CoV-2 têm menos probabilidade de desenvolver a Covid longa – sintomas que se mantêm por pelo menos 3 meses após a fase aguda da infecção – em comparação com uma variante anterior ou de tipo selvagem, de acordo com um estudo realizado na Suíça. Mutações da própria cepa e vacinação contra a doença estão entre os fatores que justificam a menor probabilidade.
Os resultados são baseados em dados de 1.200 profissionais de saúde, com idade média de 43 anos, sendo a maioria (81%) composta por mulheres. Os investigadores do Cantonal Hospital St Gallen, na Suíça, acompanharam pacientes infectados pelas variantes mais antigas ou pela ômicron, em média, de junho de 2020 a junho de 2022.
“A Covid longa é um sério problema de saúde pública e, às vezes, é debilitante [para o paciente]”, afirma Carol Strahm, uma das autoras do estudo. “No entanto, a maioria dos dados que temos são de indivíduos que contraíram a Covid-19 relativamente cedo na pandemia, antes do inerente da variante ômicron no final de 2021″, acrescenta. Naquele momento, as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.
A equipe de Strahm identificou que os 157 indivíduos que tiveram Covid-19 no início do estudo (2020) tiveram um risco 67% maior de desenvolver a Covid longa do que os profissionais de saúde saudáveis. No mesmo período, o risco para casos prolongados de fadiga foi de 45%. Por outro lado, como 429 pessoas infectadas pela variante ômicron (2021 ou 2022) tinham um risco estatisticamente baixo de desenvolver uma Covid longa ou fadiga crônica.
Apesar do resultado bastante promissor, é preciso ter cautela nas análises. “Os participantes do nosso estudo eram principalmente mulheres saudáveis, jovens e vacinadas. Os resultados podem ser diferentes em uma população mais doente, idosa e/ou não vacinada”, completa Strahm.
Até o momento, o estudo sobre o risco da Covid longa após a ômicron não foi publicado em nenhuma revista científica. A pesquisa completa será apresentada, pela primeira vez, durante o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Eccmid) deste ano, que ocorreu em Copenhague, em abril.
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G1.globo