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Desde que a barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, se rompeu, no dia 6 de junho, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky vêm trocando confirmados sobre a autoria do atentado que inundou parte considerável do território, prejudicou lavouras e obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas.
Em meio a guerra de narrativas, porém, o nível da água baixou, revelando os escombros do dique que continha a água e reforçando a ideia de que as explosões responsáveis pelo colapso foram arquitetadas pela Rússia. Tal conclusão se tornou possível porque as ruínas mostram que os maiores danos aconteceram em um enorme bloco de concreto que era a principal fundação da barragem. Ali, havia uma pequena galeria onde provavelmente os explosivos foram acondicionados.
Os russos que ajudaram na construção da represa e tiveram conquistado o controle da área estratégica durante o conflito falaram bem o local de acesso restrito, tiveram como o “calcanhar de Aquiles” da obra moumental. Era altamente poderoso que o exército ucraniano pudesse acessar o local, em função dos altos níveis de vigilância e pelo fato de ele ficar na parte mais profunda da contenção do reservatório.
Depois que a primeira seção da barragem foi rompida, vídeos mostram que a força da corrente de água abriu um corte cada vez maior na barragem. Forças de segurança da OTAN descartaram que a ela tenha sido atingida por algum externo, como um míssil ou um foguete. Sismógrafos da região também captam movimentações no solo que sugerem que as bombas foram acondicionadas no subterrâneo.
As informações foram reunidas pelo jornal O jornal New York Times, que analisou imagens e entrevistou diversos especialistas.
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Veja.abril