O forró está de luto. Um dos maiores nomes do gênero musical no Rio Grande do Norte, o cantor e compositor Zé Sanfoneiro, faleceu nesta quarta-feira (8), aos 62 anos, em Natal. Ele lutava contra um câncer e não resistiu às complicações de uma cirurgia realizada na terça-feira (7) para retirar um tumor nos rins¹.
Zé Sanfoneiro era natural de Angicos, no interior do estado, e começou sua carreira ainda na infância, tocando sanfona no sítio onde nasceu. Na década de 1980, ele formou a banda Xique-Xique com seus irmãos, e se tornou um dos principais expoentes do forró pé-de-serra na região. Em 1992, ele lançou seu primeiro disco solo, intitulado “Zé Sanfoneiro e Seus Teclados”, que fez sucesso com músicas como “Sábado à Noite” e “Forró do Zé”.
Ao longo de sua trajetória, Zé Sanfoneiro gravou mais de 20 álbuns e se apresentou em diversos estados do Brasil, levando a alegria e a cultura nordestina para o público. Nos últimos anos, ele dividia o palco com seu filho, Zé Filho Sanfoneiro, que segue os passos do pai na música. Seu último show foi no dia 24 de outubro, quando também comemorou seu aniversário de 62 anos.
A morte de Zé Sanfoneiro causou comoção e tristeza no meio artístico e entre os fãs do forró. Vários cantores e bandas prestaram homenagens ao artista nas redes sociais, como Xand Avião, Zezo Potiguar, Iguinho e Lulinha, entre outros. Zé Filho Sanfoneiro publicou uma foto dos dois com a frase: “Eu te amarei para sempre”².
O velório de Zé Sanfoneiro acontece no Clube Municipal de Angicos, e o sepultamento será nesta quinta-feira (9), às 16h, no Cemitério Público Municipal de Angicos. Zé Sanfoneiro deixa um legado de talento, simplicidade e amor pelo forró, que continuará vivo na memória e no coração de todos que admiravam sua obra..