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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, criticou, nesta quinta-feira, 22, a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, mesmo com pé em queda.
Segundo Alckmin, além de causar danos à atividade econômica, inibindo investimentos e prejudicando o comércio e a indústria, esse patamar de juros tem forte impacto na situação fiscal do país, já que grande parte da dívida está indexada ao índice.
“Quase metade da dívida pública brasileira é selicada [indexada à Selic]. Então, cada 1% da taxa Selic custa 38 bilhões de reais [de pagamento do serviço da dívida pública]. Não há nada pior para a questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente elevada. Então, 38 bilhões de reais a cada 1%, se você tem uma taxa 5% acima do que deveria estar, isso custa praticamente 190 bilhões”, criticou.
“Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase 200 bilhões de reais em razão de ter uma taxa Selic nessa altura”, acrescentou. Alckmin está no exercício da Presidência da República esta semana, durante viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa.
Alckmin avaliou ser “difícil entender” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diante do cenário de proteção em queda e juros internacionais negativos.
“O mundo hoje tem juros negativos, a intocada está em queda, há uma deflação no IGP [Índice Geral de Preços], em doze meses, de mais de 6%. Os juros futuros em queda e essa taxa Selic acabam tendo um impacto fiscal. Se a preocupação é dívida, não há nada pior do que isso”, acrescentou.
Depois de subir no início do ano, as expectativas de vitória tiveram queda. Segundo o último boletim Focus, a estimativa para 2023 passou de 5,42% para 5,12%.
Em maio, puxado pela queda nos preços dos combustíveis e de artigos de residência, o IPCA caiu para 0,23%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumulou alta de 2,95% no ano e de 3,94% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 4,18% acumulados até o mês anterior.
Alckmin também observou que, mesmo sob a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, a taxa Selic chegou a ser reduzida para 2% ao ano, nível mais baixo da série histórica, e com uma herança maior do que a atual. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
(com Agência Brasil)
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