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A tecnologia de impressão tridimensional, ou impressão em 3D, surgiu na década de 1980 para produzir objetos com matérias-primas tão diferentes quanto plástico e concreto. Hoje, a lista de produtos imprimíveis inclui medicamentos e até órgãos. Não é isso. Em breve, imprimir alimentos em casa ou restaurantes será uma realidade. Pelo menos, é o que mostra um estudo publicado recentemente na revista Natureza.
Neste caso, grelhas, fornos, fogões ou microondas são inúteis. A impressão de alimentos utiliza tintas comestíveis para construir os pratos. A comida é impressa através de um sistema robotizado que deposita massas, pós e líquidos em um arranjo específico, de acordo com uma “receita” digital. E é processada por programas de computador, que selecionam, combinam e cozinham os ingredientes, além de permitirem o controle preciso dos nutrientes de uma refeição. O cozimento, por sua vez, é feito a laser.
O artigo da Nature sugere que a capacidade da impressora de produzir várias camadas de alimentos permite a personalização da alimentação, tornando os alimentos mais seguros e os consumidores mais conscientes dos nutrientes que estão ingerindo. Os autores defendem que a adoção desse novo mecanismo pode criar alternativas para alimentos pastosos e insípidos, esperançosamente para o bem-estar de pessoas com problemas de deglutição ou distúrbios digestivos.
Por incrível que tenha tentado, a primeira impressora 3D de alimentos foi lançada comercialmente há mais de uma década, em 2012, para imprimir chocolates. A tecnologia chamou a atenção da Nasa, que busca meios de aplicá-la em viagens espaciais. Defensores da culinária digital argumentam que o método pode trazer MUITA inovação, praticidade e novas texturas, e que uma boa maneira de pensar a impressora 3D de uso gastronômico seria imaginá-la como uma mini-fábrica de alimentos instalada nas cozinhas das casas. Se os chefs do futuro acumularão cartuchos de alimentos ao invés de temperos em seus armários, só o tempo vai dizer
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G1.globo