A greve dos professores do Rio Grande do Norte, que já dura 23 dias, permanece sem definições. A titular da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), Socorro Batista, afirma que o fim da paralisação “está nas mãos do sindicato” e lamenta “profundamente que a categoria não compreenda” a situação fiscal do Estado.
Segundo ela, não há recursos para a implantação imediata do novo piso da categoria e a greve realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN penaliza “o aluno trabalhador, filho de trabalhador, das classes populares”.
“Eu lamento profundamente que a categoria não compreenda isso. Que mais uma vez os alunos da escola pública estejam prejudicados. Nossos alunos viveram um tempo de pandemia. Quando nós estávamos chegando a uma um nível de organização veio a greve, depois vieram esses dez dias de violência instalada no Rio Grande do Norte, que agora me parece controlada pelo Governo do Estado, e no fim de tudo o aluno trabalhador, filho de trabalhador, das classes populares é o prejudicado”, lamentou.
Em entrevista à Tribuna do Norte, a gestora disse que as propostas se esgotaram e foi taxativa sobre as negociações com os professores: “Nós não podemos usar todo o recurso do Fundeb para pagar salários”. “As propostas que o governo podia fazer nós já fizemos”, acrescenta. Na manhã de segunda (27), servidores fizeram um protesto na SEEC.