[ad_1]
Os humanos têm uma longa história de domesticação de plantas e animais. É um processo milenar que resultou em uma boa dose de fofura em nossos animais de estimação. Charles Darwin foi o primeiro a notar que os animais domesticados devem ter certeza de suas características. Eles podem ter orelhas caídas, rabos enrolados e uma afeição muito mais acentuada por seus amigos humanos. Em geral, também têm dentes menores, mandíbulas mais salientes e procriam com mais frequência, quando comparados a seus ancestrais selvagens. Esse conjunto de mudanças é conhecido como “síndrome da domesticação”.
Embora a razão para esse fenômeno ainda não esteja clara, uma teoria popular defende que quando os humanos cruzam animais selvagens mais mansos podem, inconscientemente, ter selecionados indivíduos com glândulas adrenais subdesenvolvidas. Essas glândulas são responsáveis pela resposta de “luta ou fuga”, de modo que os animais com glândulas menores têm menos medo dos humanos. As células-tronco do embrião que vão formar as glândulas suprarrenais também se desenvolvem em células pigmentares e nas partes do crânio, mandíbula, dentes e orelhas. Por isso, a síndrome da domesticação pode, na verdade, ser um efeito colateral acidental do cruzamento de animais mansos.
Nos últimos anos, alguns cientistas levantaram questionamentos sobre a validade desta teoria e os procedimentos propostos para explicá-la. Pesquisadores da Australian National University avaliam respostas científicas concorrentes para a teoria e as descobertas podem ampliar a compreensão que temos sobre os efeitos da domesticação animal e influenciar no modo como interpretamos a teoria evolutiva. Os muitos vezes assumem que a seleção para a domesticação, por si só, não envolveu essas características, mas o estudo demonstra que não existe uma via única de seleção.
O ambiente “doméstico” ofereceu a esses animais acesso facilitado a alimentos, recebeu a competição natural por parceiros, facilitou a reprodução, e os protegidos de predadores. Essas mudanças no habitat levaram a mudanças no metabolismo e impactaram no crescimento, envolvendo algumas características e comportadas.
O estudo reverbera em compreensões mais amplas da teoria da evolução, porque a síndrome da domesticação, surpreendentemente, não se restringe apenas aos animais domésticos. Ela também é relativamente frequente em animais selvagens, sobretudo em subpopulações básicas, como aquelas restritas a ilhas ou ambientes estremados. Os humanos, inclusive, apresentam traços desta síndrome. Nesses casos, alguns cientistas argumentam que esses animais se “autodomesticaram”, sugerindo que os mesmos processos que ocorrem na domesticação também devem acontecer na natureza.
Os autores destacam algumas maneiras pelas quais a seleção evolutiva é frequentemente alterada quando os animais selvagens são domesticados. Elas envolvem fatores como competição masculina e estresse materno. Uma nova explicação para a “síndrome da domesticação” foi chamada de “hipótese da interrupção reprodutiva”. Isso porque as influências seletivas listadas pelos experimentou funções importantes e comportamentos reprodutivos na maioria das espécies animais.
O Brasil está mudando. O tempo todo.
Acompanhe por VEJA e também tenha acesso aos conteúdos digitais de todos os outros títulos Abril*
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.
*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. * Pagamento anual de R$ 96, equivalente a R$ 2 por semana.
[ad_2]
G1.globo