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ó cantor Chico César conversou com a coluna sobre as mudanças na Lei Rouanet, assunto que vem dominando a classe artística nesta semana. “As pessoas precisam entender que a lei não é o governo dando dinheiro para artistas. A Lei Rouanet é uma lei de renúncia fiscal, em que os empresários, os departamentos de marketing das empresas recebem projetos selecionados pelo Ministério da Cultura através de vários curadores. Então, a empresa decide se vai ou não investir nesse ou naquele espetáculo. Nesse sentido, eu que já fui gestor de cultura, acho a lei limitada, porque o empresário obviamente vai querer investir no artista que vai lhe dar algum retorno de marketing”, critica.
Para o artista, é necessário a criação de um Fundo Nacional de Cultura, com paridade orçamentária a Lei Rouanet, “que faz esse dinheiro chegar direto na mão é dos gestores dos municípios pequenos, médios e grandes dos Estados. E chegar nas comunidades, nas periferias, atravessar a ponte”.
Chico é amigo da ministra da Cultura Margareth menezes, a “maga” como ele chama, e se surpreendeu com a gestão do Ministério da Cultura até então. “Ela está surpreendendo porque tem uma capacidade de ouvir, muito importante para um gestor nesse momento no Brasil. Está se cercando das pessoas, dos gestores e fazendo, procurando fazer. Eu vejo com muita alegria esse início de gestão. Eu era aqueles que preferiam antes que fosse um gestor de carreira, mas estou me surpreendendo positivamente. Para virar uma potência cultural, precisamos virar uma potência em vários outros setores. Uma potência educacional, um país que invista na educação, na saúde do seu povo, porque tudo isso estava ansioso para um lugar de privatização”, conclui ele, que participou nesta terça-feira, 21, do Prêmio Shell de Teatro, no Rio de Janeiro.
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G1.globo